Direção musical e prática de conjunto
O que é:
O diretor musical é o profissional que assume determinadas responsabilidades perante um conjunto de músicos ou projeto musical. O diretor musical terá a função de preparar o grupo para a performance. Isso requer uma série de planejamentos e habilidades.
Habilidades:
- Liderança;
- Capacidade de negociar ideias;
- Articular sugestões;
- Entregar um trabalho finalizado;
Quais as responsabilidades práticas do diretor musical?
- Organizar ensaios;
- Criar arranjos (estrutura e forma).
- Estrutura e sequência do repertório de músicas;
- Resolver questões básicas e gerais (decidir tonalidade, tocar junto, etc);
- Identificar falhas e corrigi-las: erros de melodia, ritmo, harmonia e sincronia no grupo;
- Considerar limitações técnicas ou instrumentais;
- Definir o andamento das músicas;
- Criar mapas “Lead sheet” para o grupo.
- Observar os detalhes da instrumentação;
- Pensar na coesão do grupo como um todo.
- Planejar a sequência de ensaios;
- A cada encontro estabelecer objetivos para cumprir as etapas dos ensaios;
Quais os materiais necessários para um ensaio?
- Planejamento adequado do tempo e espaço para realização do ensaio;
- Providenciar partituras para os musicistas (mapas, lead sheet);
Qual o papel do músico no ensaio?
- Chegar no horário;
- Preparar a sala (montagem dos equipamentos e instrumentos);
- Afinar o seu instrumento;
- Estudar o repertório;
- Aperfeiçoar os arranjos;
- Selecionar as músicas/escolha do repertório;
- Planejar a prática musical;
- Equalizar volumes;
- Definir ordem das músicas;
- Repetir seções com o objetivo de automatizar o arranjo no grupo;
- Desmontar equipamentos e organizar o espaço;
- Voltar para casa em segurança.
O que fazer para transpor limitações na execução do arranjo?
- Identificar a(s) causa(s) do(s) problema(s) (acordes/harmonia/sonoridade/volume/timbre);
- Perceber possíveis limitações técnicas ou fisiológicas do instrumentista;
- Explicar o arranjo e ajudar individualmente os músicos;
- Fazer com que o músico perceba o ponto que precisa melhorar;
- Propor técnicas e exercícios para sanar problemas;
- Criar mudanças no arranjo que facilitem a resolução de problemas;
- Ser o mais objetivo possível (estabelecer uma comunicação agradável com o grupo);
- Indicar material de referência quando necessário (partituras, vídeos, etc);
- Oferecer exemplos musicais práticos, comparações.
- Simplificar (num primeiro momento) aquilo que não é possível executar igual a referência;
- Ensaiar trechos mais problemáticos/complexos isoladamente; Repetir cada seção separadamente;
- Pedir ajuda a outros músicos quando necessário;
- Trocar músicos de instrumento quando necessário;
- Ter mais de uma possibilidade de arranjo;
- Conhecer as limitações do seu conjunto musical.
REFERÊNCIAS
ALMADA, Carlos. Arranjo. 1ª edição. ed. São Paulo: Unicamp, 2010.
CHEDIAK, Almir. Harmonia & Improvisação-Vol. 1. Irmãos Vitale, 1986.
FARIA, Nelson. A arte da improvisação. Irmãos Vitale, 1991.
FARIA, Nelson. Acordes Arpejos E Escalas. Irmãos Vitale, 1999.
GUEST, Ian. Harmonia-Metodo Pratico-Vol. 1. Irmãos Vitale, 2006.
GUEST, Ian. Harmonia-Metodo Pratico-Vol. 1. Irmãos Vitale, 2006.